26/09/2016

4 ERROS QUE UM REFORMADO NÃO DEVE COMETER



Um jovem procurou-me, dizendo que redescobriu o Evangelho de Jesus Cristo, através da herança teológica e doutrinária da Reforma Protestante do século XVI. Ele está bem empolgado, lendo avidamente escritos dos grandes ícones desse movimento, como Martinho Lutero e João Calvino.

Há mais de dez anos venho estudando a Reforma, sob o ponto de vista histórico, teológico e doutrinário, e também lidando, como pastor e professor, com as questões que vão sendo levantadas quando nos propomos a transportar as ideias dos reformadores para os desafios das igrejas evangélicas brasileiras na atualidade. Com base nesse histórico pessoal, atrevi-me a desempenhar o papel de conselheiro e apontei-lhe os quatro erros que um reformado não deve cometer.

Primeiro: um reformado não deve ser teologicamente orgulhoso. Todo cristão que se diz reformado deve ler repetidas vezes I Coríntios 13. Nenhum conhecimento, habilidade alguma, obra nenhuma, nada disso é válido sem o amor. O amor é a legitimação ética e espiritual de todas as nossas palavras e obras. Usar-se do título de “reformado” para depreciar e humilhar a crença de alguém é contrário ao espírito da Reforma. Dizer que A é alguém ignorante, alienado, mentalmente limitado porque não chegou as mesmas compreensões teológicas e doutrinárias de B, é banalidade pura, vaidade, pecado. Lutero, em seu livro “Da liberdade cristã”, descreve a maneira como o cristão deve se relacionar com Deus e com o próximo: pela fé em Deus o cristão é livre; pelo amor ao próximo é servo de todos. João Calvino, sabiamente, escreveu: 

“Ninguém possui coisa alguma, em seus próprios recursos, que o faça superior; portanto, quem quer que se ponha num nível mais elevado não passa de imbecil e impertinente. A genuína base da humildade cristã consiste, de um lado, em não se presumido, porque sabemos que nada possuímos de bom em nós mesmos; e, de outro, se Deus implantou algum bem em nós, que o mesmo seja, por esta razão, totalmente debitado à conta da divina Graça”. João Calvino, Exposição de 1 Corintios (1 Co 4.7), pp. 134,135

Segundo: um reformado não deve ser chato. Tem gente que descobre a Fé Reformada e passa a ser um catequista importuno. Qualquer momento ou qualquer lugar torna-se uma ocasião para suas longas exposições teológicas e debates doutrinários intermináveis. É legal citar os livros que lemos, os vídeos que assistimos, as conferências das quais participamos. Mas fazer disso um ritual massacrante, um “disco arranhado”, uma doutrinação forçosa das pessoas, deve incomodar até mesmo os reformadores em seus túmulos. Mais uma vez, recorri às orientações do próprio Calvino, a fim de ancorar este segundo conselho ao jovem reformado: "“Porque o evangelho não é uma doutrina de língua, mas de vida” (As Institutas – edição Especial, Vol IV, pg 181, Ed CEP). Não será melhor, portanto, deixar que a fé reformada se expresse naturalmente pelas obras que glorificam a Deus do que pelos falatórios vãos? 

Terceiro: um reformado não deve ser beligerante. Os reformadores não almejavam aproximar os cristãos de seu tempo das Escrituras e, consequentemente, do Evangelho autêntico de Jesus Cristo. Contradiz, portanto, os princípios da Reforma qualquer postura agressiva, raivosa, hostil, que afaste as pessoas de Cristo, que as leve a odiar qualquer referência à palavra “igreja”. É importante a crítica sensata aos absurdos que se prega e que se faz em muitos círculos ditos “evangélicos” nos nossos dias. É importante expressar o sólido conteúdo bíblico e teológico da Reforma, com coerência e clareza. Contudo, um reformado deve se abrir ao diálogo, ouvir os diferentes pensamentos e não “partir pra cima”, nocauteando o oponente. Já vi “reformados” vencendo debates, mas perdendo bons amigos. Lutero sustentava que a Reforma deveria ser obra da Palavra e não da imposição violenta. A descoberta do Evangelho que revolucionou a vida de Lutero veio do simples estudo pessoal das Escrituras, quando o reformador deparou-se com essas palavras: “O justo viverá por fé” (Rm. 1.17).

Quarto: um reformado não deve ser omisso. No tópico acima, condenei o espírito beligerante. No entanto, ser pacífico e tolerante com a pluralidade de ideias não significa ser covarde. “Pois Deus não nos deu espírito de covardia, mas de poder, de amor e de equilíbrio. Portanto, não se envergonhe de testemunhar do Senhor...” (conselhos de São Paulo ao jovem Timóteo em I Timóteo 1.7-8). A covardia, aqui, se traduz em omissão vergonhosa - derivada da fraqueza de personalidade, de uma fé insipiente ou de um desvio de caráter – que leva alguém a se conformar quando deveria reagir, a se calar quando deveria falar. Na “sociedade líquida” na qual vivemos ficou fora de moda ter convicções, pois soa como fundamentalismo, extremismo, intolerância. Então, para ser simpático e agradar a gregos e a troianos, há aquele que perde as oportunidades de dar testemunho do Evangelho puro e simples.  Em abril de 1521, após ter sido excomungado pela Igreja, Lutero foi convocado à cidade de Worms, onde, diante de uma assembleia de nobres e príncipes que governavam como o Imperador, deveria retratar-se de seus ensinamentos. Diante daquela assembleia, o reformador respondeu: “Não posso nem quero me retratar de coisa alguma, pois ir contra a consciência não é justo nem seguro. Deus me ajude. Amém”. 

Esses conselhos, embora bastante incompletos, podem ser discutidos, ampliados e repensados, a fim de servir à maturidade espiritual e teológica dos que estão saindo da caverna de suas limitadas compreensões sobre a fé cristã, - compreensões estas, muitas vezes controladas por rígidos sistemas denominacionais fechados e cerceadores do pensamento -,  e encontrando um mundo lá fora, amplíssimo e iluminado pela sabedoria que vem sendo acumulada por gerações de cristãos frutos da Reforma. 

Fonte: http://crencaevivencia.blogspot.com.br/2016/01/4-erros-que-um-reformado-nao-deve.html

17/06/2016

O INCOERENTE JEAN WYLLYS

Jean Wyllys é único deputado assumidamente gay no Congresso Nacional. Até ai, tudo ok. O congresso, ao meu ver, deve ter representatividade dos grupos que compõe nossa sociedade. Gostaria de deixar claro que não critico o fato dele ser um homossexual, pois creio que aquilo que ele faz entre quatro paredes – além de não ser da minha conta – é menos desastroso do que a sua atuação política.



1- REPUTAÇÃO

É uma vergonha para o Brasil ter deputados tão desqualificados. No caso de Jean Wyllys, sua popularidade se deve pelo fato de ter participado do programa mais baixo e rasteiro da história da tv brasileira, o Big Brother Brasil. Para quem não sabe, o programa já produziu cenas de sexo e até mesmo um estupro. Esse mesmo programa  serviu de trampolim para a popularidade de Wyllys, que por sinal, só venceu o programa porque se vitimizou desde o início do programa, usando o argumento que estava sendo perseguido por ser gay. Argumento que ele insiste em usar quando pressionado por suas incoerências no Conselho de Ética

2- VOTOS

A eleição de Jean Wyllys é uma aberração da nossa pseudo-democracia. Wyllys teve apenas 13 mil votos.Muitos, muitos, muitos políticos com muito mais votos do que ele não se elegeram. Logo, Wyllys  está ocupando a cadeira que deveria ser  de outra pessoa. Wyllys só se elegeu por causa da grande votação do deputado Chico Alencar do PSol. Wyllys não tem nem moral nem votos para se achar melhor do que qualquer deputado que se elegeu através da sua própria votação.

3- MANIQUEÍSTA

Wyllys adora criticar os religiosos,  chamando-os de fundamentalistas religiosos. No entanto, Wyllys não é contra todos os cristãos, apenas os cristãos que não concordam com ele. Logo, se a pessoa é uma boa cidadã e crê que o casamento é entre um homem e uma mulher em virtude de sua religião, para Wyllys, é um fundamentalista religioso. Em contrapartida, se a pessoa é cristã e é a a favor do casamento gay, é uma religiosa do bem. Isso denota que ele tem uma visão maniqueísta, julgando os outros de acordo como os critérios ao redor do seu próprio umbigo. Ademais, quanta incoerência há em sua posição, defender Guevara e se posicionar a favor do movimento LGBT, Guevara o mataria sentindo prazer



4- INTRANSIGENTE/INTOLERANTE

Jean Wyllys é um dos deputados mais avessos a liberdade de expressão, pois adora julgar os seus adversários como homofóbicos. Regularmente utiliza o termo homofóbico para tratar daqueles que discordam de sua atuação política. Vejam bem, porque discordam de sua atuação política e não da sua sexualidade. O coitadistmo e a autovitimização são marcas constantes do discurso do ex-BBB, que faz questão de capitalizar politicamente em cima do ataque a pessoas(darei exemplos).


5- UTILIZA DE FORMA EQUIVOCADA AS REDES SOCIAIS

Quantas horas cabem no dia de Jean Wyllys? O deputado dá muita atenção as redes sociais, sendo quase um twiteiro profissional e deputado nas horas vagas. São muitas as polêmicas que o deputado já se envolveu no twitter, não apenas com celebridades, mas também com pessoas normais. Um homem do povo não deveria achar tempo na sua agenda para ficar discutindo nas redes sociais(isso vale para todos os deputados, até os adversários de Wyllys). Pagamos muito bem esses deputados, que custam milhões no decorrer de seus mandatos para  produzir quase nada. 

6- AMANTE DOS PROCESSOS

Um hábito pouco nobre de Wyllys é processar aqueles que ele acha que o difamaram. Outros deputados e figuras públicas são difamados e apenas respondem às acusações feitas contra eles. Entretanto, Wyllys apela a justiça quando se vê difamado. Um ato exótico fruto desse hábito foi denunciar o pastor Silas Malafaia no Ministério Público em virtude de postagens feitas por um perfil falso de Malafaia. Que absurdo. Já pensou se cada um de nós tivesse que responder na justiça pelo que perfis fakes com o nosso nome fazem na internet? Já pensou se decidissem processá-lo por esse twitter abaixo?



7- MINORIAS

Wyllys se identifica como defensor ferrenho dos direitos humanos e das minorias, sendo uma dessas minorias a minoria homossexual. Porém, não são os direitos humanos de todos os humanos que ele defende. Existem minorias que ele não vê com bons olhos. A intenção de Wyllys em apoiar a PL122 é mitigar a liberdade de expressão das minorias religiosas que criticam a homossexualidade. Se ele se limitasse a ser contra os direitos de minorias religiosas não haveria tanto problema, mas o que acontece é que ele também é contra direitos que a nossa constituição reserva para a maioria, como é o caso do direito a vida. O ex-BBB tem a coragem de dizer que é a favor dos direitos humanos, defendendo o direito de homossexuais se casarem, porém, é a favor do aborto e contra o direito que os fetos indefesos de viver. Que hipocrisia. Ele tem todo o direito de advogar pelos  direitos dos gays, mas ao ser contra direitos muito mais importantes de outros grupos, pratica uma evidente hipocrisia.

8- MAIORIDADE PENAL 

Eu poderia apontar muitas posições do ex-BBB que estão na contramão da vontade do povo, mas a que mais me enoja é o fato dele ser contra a redução da maioridade penal. Todos sabemos que os políticos vivem cercados de seguranças e estão pouco se lixando se a população está sendo massacrada pelo crime. O cidadão de bem é obrigado e ver passivamente crimes bárbaros praticados por menores de idade serem retribuídos com impunidade. O pior é ver políticos assumidamente sendo a favor dos direitos de quem não respeita os direitos humanos alheios. Eles devem rir muito da nossa cara quando veem um menor de idade estuprando e matando uma pessoa na certeza de que pouco ou nada acontecerá com ele. Enfim, esses menores infratores merecem esses políticos que os defendem.

8- DINHEIRO PÚBLICO 

Wyllys adora denunciar o absurdo que é a isenção de impostos para as igreja, contudo, ao fazer isso ele desvia a atenção dos milhões que são gastos de dinheiro público para patrocinar as paradas gay e a causa homossexual.

9- ROYALTIES DO PETRÓLEO

Eleito pelo Rio de Janeiro, Wyllys faltou a uma importante votação que definiria a divisão dos royalties do Petróleo para ir ao Rio participar de um evento que defendia a legalização da prostituição. Ao fazer isso, ele deu mais prioridade a causa das prostitutas do que ao Rio de Janeiro, estado gravemente afetado pela divisão dos Royalties. Jean Wyllys ainda teve a ousadia de ir na manifestação contra a divisão dos Royalties do Petróleo que ocorreu na Cinelândia. Óbvio, para aparecer bem nas fotos.

10- PROSTITUTAS

Nada contra as profissionais do sexo, mas eu creio que a legalização da prostituição só aumentará o número de mulheres que irão recorrer para essa degradante profissão. “E tem outro fator, eu diria que 60% da população masculina do Congresso Nacional faz uso dos serviços das prostitutas, então acho que esses caras vão querer fazer uso desse serviço em ambientes mais seguros”, disse Wyllys. Meu Deus! Quer dizer que o fato de políticos terem relações com prostitutas justifica a legalização da prostituição? Que desonestidade intelectual. Existem prioridades mais urgentes que as prostitutas.

11- VITIMIZAÇÃO

Homofobia existe. No entanto, existe exagero em relação a esse tema. Wyllys usa as cerca de 300 mortes por ano de homossexuais para justificar a criação de uma lei que criminaliza a homofobia(PL 122). Essa lei é tão safada que ela não tipifica o que viria a ser homofobia. Logo, alguém poderia ser preso por homofobia por critérios totalmente subjetivos. Além disso, o suposto holocausto (genocídio de gays) que é denunciado pelos ativistas esconde o fato que muitas dessas mortes de homossexuais não tem motivação realmente homofóbica ou são crimes passionais. Contudo, o que dizer da perseguição aos cristãos? a hostilização de movimentos de minorias que desrespeitam publicamente símbolos do cristianismo? Não irei nem postar algumas imagens grosseiras desses movimentos, pois não merecem ibope, se tiverem dúvida, procurem no google.

12- COMISSÃO DE DIREITOS HUMANOS

Jean Wyllys não economizou críticas a escolha do deputado Marco Feliciano para a presidência da CDH. Motivo? Por que Feliciano discorda dele. Logo, quando a comissão era presidida pelo PT, os deputados religiosos democraticamente participavam da comissão, mesmo que em minoria. Agora, que a comissão é presidida por um pastor, o “tolerante” Wyllys saiu da comissão, mostrando como não está nem um pouco disposto a debater seus “argumentos” com quem deles discordam. Essa repulsa ao debate e incapacidade de atuar numa comissão presidida por um opositor político mostram bem o perfil do deputado. Ele ainda considera discordância como homofobia em potencial. Wyllys fez escola. Bem provavelmente, muita gente que ler esse texto vai me rotular de homofóbico.

13- RELIGIÃO

Wyllys não poupa críticas nem ao líder da religião com mais fiéis no Brasil. Wyllys teve a coragem de chamar o Papa Bento XVI de genocida em potencial.“Ameaça ao futuro da humanidade são o fascismo, as guerras religiosas, a pedofilia e os abusos sexuais praticados por membros da Igreja e acobertados por ele mesmo”, afirmou o parlamentar. Wyllys relacionou o papa como uma ameaça a humanidade. Em  outra ocasião, afirmou que a bíblia era um mito. Não cabe a um parlamentar fazer declarações tão duras a religiões. Ao criticar tão duramente religiosos sem o menor cabimento, Wyllys aumenta a animosidade de religiosos para com  os homossexuais. Essa animosidade então é julgada como homofobia e dessa forma um ataque a uma religião vira trampolim para a agenda gay.

14- IGNORÂNCIA

Wyllys adora apontar homofobia, mesmo onde ela inexiste. Ano passado, Wyllys usou sua conta no twitter para ajudar a espalhar que o jornalista Rica Perone seria homofóbico. Wyllys (provavelmente) não sabia, mas acabou retuitando uma informação falsa sobre Peroni. Como resultado, Peroni passou dias sendo ameaçado e ofendido injustamente. Quando é difamado Wyllys apela a justiça, mas quando difama não se retrata.

15- DUAS MEDIDAS

Wyllys se cansa de denunciar a homofobia de Marco Feliciano, mas não dá um pio em relação a homofobia declarada do esquerdista Nicolás Maduro. Vai ver, para Wyllys, os conceitos de homofobia variam de acordo com o país e corrente ideológica da pessoa.

16- BRIGA EM FUNÇÃO DA AGENDA

Wyllys vira e mexe acaba armando um barraco na Câmara. Vou citar apenas o que ele teve com o deputado Nazareno Fonteles, que foi eleito com votos próprios. Segundo Jean, “Fonteles advoga que os gays e lésbicas têm que se contentar com a união estável porque o casamento civil existe só para os heterossexuais e justifica sua posição na inferioridade inata dos gays e lésbicas, cujas relações sexuais não resultam em filhos… Fonteles diz que os direitos das mulheres não existe perto dos direitos do “zigoto” e que o aborto do “zigoto” é um “assassinato”… “. Wyllys inferioriza a vida humana chamando de fetos de meros zigotos, mas roda a bahiana quando um deputado (mente aberta, pois é a favor da união estável), advoga a favor do casamento tradicional. Já falei da hipocrisia de Wyllys antes. O que ficou claro nessa discussão é que Fonteles é muito mais tolerante com os direitos dos gays do que a maioria da nossa população, mesmo assim Wyllys o ridicularizou. Isso não é uma boa forma de se fazer política, ou seja, apenas um radical exorciza moderados. Ao invés dele construir uma ponte entre sua posição e a daqueles que acreditam na união estável, ele joga pessoas tolerantes contra a causa que ele mesmo defende.

17- HUMOR

Wyllys não aponta seus canhões apenas para religiosos, mas também é tão politicamente correto a ponto de criticar fortemente o humor. No documentário O riso dos outros, Wyllys chega a dizer que o humor atual é uma ferramenta para a perpetuação da homofobia na nossa sociedade. Se ele estiver certo, então muitos humoristas correm risco de serem presos por homofobia por causa apenas de suas piadas caso a PL 122 for aprovada. Já que não há tipificação do que viria a ser homofobia, o que diferenciaria uma piada de gay de um discurso homofóbico? Logo,  a sociedade com a PL 122 não apenas reprime o discurso religioso mas também as piadas.

18- CIÊNCIA

Pois bem… Wyllys adora falar que se baseia na ciência e seus adversários na religião fundamentalista. Hoje a ciência indica que a a condição homossexual tem possivelmente componentes genéticos e outros que são de base sociológica. Existem espécies que tem 40% de indivíduos homossexuais. A thermophila, por exemplo, tem 7 sexos diferentes. Se a diversidade sexual fosse algo preponderante para a evolução humana, estaríamos agora discutindo a polêmica escolha de um pastor na presidência da Comissão de Direitos Thermófilos.  É compreensivo que haja resistência a mudança da estrutura da família nuclear. Os direitos de um grupo não podem suprimir os da coletividade.

19- MEDO

Wyllys também usa do medo para tentar jogar a população contra seus inimigos. Em entrevista ao IG, chegou a insinuar que deputados religiosos iriam proibir a cerveja. Por mais que haja sim deputado religiosos de péssima estirpe na câmara,  nunca ouvi dizer que eles queiram proibir a cerveja. O que os deputados religiosos apoiam é a lei seca para evitar mortes no trânsito – lei essa que reduziu acidentes e salvou milhares de vidas. É usando de desonestidade intelectual que ele consegue fazer com que muitos creiam realmente que estamos perto de um regime taliban. Só para deixar claro, o número de deputados evangélicos é inferior a proporção que eles têm na população, assim como a bancada católica. Vira e mexe ativistas comparam religiosos com nazistas, mas eles apenas replicam a tática já usada por estes:
1- Crie um inimigo (cristãos evangélicos e católicos contrários ao casamento gay, chamados de fundamentalistas).
2- Culpe-os pelo problema ( cristãos já estão sendo culpados pelos assassinatos de gays, mesmo sem provas).
3- Invente um futuro caótico causado pelo inimigo ( um regime taliban evangélico onde a bebida será proibida e a laicidade do Estado banida).
4- Denuncie no inimigo aquilo que você faz (agrida verbalmente os cristãos e quando eles revidarem, acuse-os de homofobia).
5- Por último, faça contraponto ao inimigo e se apresente como solução ( vote nos politicos ligados à agenda progressista para barrar o evidente avanço do fundamentalismo).

20- "BOM" PROFESSOR


CONCLUINDO

Esse é o padrão de intelecto e coerência que nós queremos como representantes? Um pseudo-intelectual farsante.


Fonte: https://acidblacknerd.wordpress.com/2013/05/31/especial-10-motivos-para-ser-contra-o-deputado-jean-wyllys/

Ps: Alguns pontos foram subtraídos e outros acrescentados. Há licença autoral por parte do autor para fazer esse manejo.










18/04/2016

UMA INTRODUÇÃO AS CINCO VISÕES SOBRE APOLOGÉTICA





Uma Introdução as Cinco Visões sobre Apologética

O livro Five Views on Apologetics [Cinco Visões sobre Apologética], editado por Steven B. Cowan, leva o leitor a comparar e contrastar formas diferentes de “fazer” apologética:

O objetivo da apologética é responder persuasivamente objeções honestas que mantém as pessoas longe da fé em Jesus Cristo. O livro Five Views on Apologetics examina o “como fazer” da apologética, colocando cinco visões importantes sob o microscópio: clássica, evidencial, pressuposicional, epistemologia reformada e caso cumulativo. Oferecendo um fórum para apresentação, crítica e defesa, este livro permite que os contribuintes interajam com os pontos de vista diferentes. 4 ª capa, Five Views on Apologetics. O que segue é um excerto da introdução do livro:

Método Clássico

O método clássico é uma abordagem que começa empregando a teologia natural para estabelecer o teísmo como a cosmovisão correta. Após a existência de Deus ter sido assim demonstrada, o método clássico passa para uma apresentação das evidências históricas para a divindade de Cristo, a confiabilidade da Escritura, etc., a fim de mostrar que o Cristianismo é a melhor versão de teísmo, em oposição ao, digamos, judaísmo e islamismo. Essa escola é chamada de método “clássico” porque assume que esse é o método usado pela maioria dos apologistas importantes dos primeiros séculos. William Lane Craig contribui com a defesa da apologética clássica desse volume. Outros apologistas contemporâneos que podem ser classificados como apologistas clássicos incluem R.C. Sproul, Norman Geisler, Stephen T. Davis e Richard Swinburne.

Costuma-se argumentar que a ordem das duas fases na apologética clássica é essencial. Isto é, antes que alguém possa discutir de forma significativa as evidências históricas, a existência de Deus já deverá ter sido estabelecida, pois a cosmovisão de uma pessoa é uma grade através da qual os milagres, fatos históricos e outros dados empíricos são interpretados. Sem um contexto teísta, jamais poderia demonstrar-se que um evento histórico foi um milagre divino. O outro lado da moeda dessa afirmação é que ninguém pode apelar a supostos milagres a fim de provar a existência de Deus. Como Sproul, Gerstner e Lindsley argumentam, “milagres não podem provar a existência de Deus. Na realidade, somente Deus pode provar milagres. Isto é, somente sob a evidência anterior de que Deus existe é que um milagre torna-se possível”. Contudo, ninguém que se considera um apologista clássico insistirá nesse ponto, como William Lane Craig deixa claro neste volume (…). Craig argumenta que a metodologia clássica não precisa insistir na necessidade teórica na ordem desses dois passos, mas apenas, dada a natureza dos argumentos probabilistas, que essa ordem é a melhor estratégia argumentativa.

O Método Evidencial

O método evidencial tem muito em comum com o método clássico, exceto na resolução do problema com respeito ao valor dos milagres como evidência. O evidencialismo como método apologético pode ser caracterizado como uma abordagem “de um passo”. Os milagres não pressupõem a existência de Deus (como afirmam a maioria dos apologistas clássicos contemporâneos), mas podem servir como um tipo de evidência a favor da existência de Deus. Esse método é bastante eclético em seu uso das várias evidências positivas e críticas negativas, utilizando tanto argumentos filosóficos como históricos. Todavia, ele tende a se focar primariamente na legitimidade de acumular vários argumentos históricos e outros indutivos em favor da verdade do cristianismo.

Dado esse foco, os evidencialistas podem e irão argumentam em favor do teísmo e do teísmo cristão ao mesmo tempo, sem recorrer a uma teologia natural elaborada. Eles poderiam começar, por exemplo, argumentando em favor da factualidade histórica da ressurreição de Jesus e então argumentar que tal evento incomum é explicável somente se um ser muito parecido ao Deus cristão existir. Tendo então estabelecido a existência de Deus por meio da ressurreição miraculosa de Cristo, o evidentalista irá então afirmar que a ressurreição de Jesus também autentica suas reivindicações de ser Deus encarnado e seu ensino sobre a autoridade divina da Escritura.

Além de Gary R. Habermas, um dos contribuintes deste livro, defensores do evidencialismo incluem John W. Montgomery, Clark Pinnock e Wolfhart Pannenberg (veja o artigo de Harbermas para vários outros que ele classifica sob esse método).

O Método do Caso Cumulativo

O terceiro dos Quatro Grandes é o método do caso cumulativo. O termo “caso cumulativo” é usado por apologistas de maneiras diferentes daquela que estamos usando neste contexto, mas Basil Mitchell, um antigo proponente dessa visão, deu a esse método tal nome, e assim o usaremos aqui. O leitor cuidadoso sem dúvida observará que esse método pertence à mesma família ampla do método evidencial (e talvez clássico). Contudo, ficará evidente também que como uma estratégia argumentativa, o método do caso cumulativo tem algo distinto a oferecer. De fato, essa abordagem apologética surgiu por causa da insatisfação que alguns filósofos tinham com os outros métodos do tipo evidencial (i.e., os dois primeiros dos Quatro Grandes).

De acordo com os defensores da apologética do caso cumulativo, a natureza do caso em favor do Cristianismo não é em nenhum sentido estrito um argumento formal como uma prova ou um argumento de probabilidade. Nas palavras de Mitchell, o método do caso cumulativo “não se conforma ao padrão ordinário de raciocínio dedutivo ou indutivo”. O caso é mais parecido com o resumo que um advogado apresenta num tribunal ou que um crítico literário faz para uma interpretação particular de um livro. É um argumento esclarecido que reúne várias linhas ou tipos de dados numa espécie de hipótese ou teoria que explica de forma abrangente esses dados e faz isso melhor do que qualquer hipótese alternativa.

Paul Feinberg, o metodologista do caso cumulativo neste volume, diz que “os teístas cristãos estão insistindo que o cristianismo faça melhor uso de toda a evidência disponível do que qualquer outra cosmovisão alternativa em oferta, quer essa alternativa seja alguma oura visão teísta ou o ateísmo”. (…) Os dados que o caso cumulativo procura explicar inclui a existência e a natureza do cosmo, a realidade da experiência religiosa, a objetividade da moralidade, e outros fatos históricos, tais como a ressurreição de Jesus.

Além de Feinburg e Mitchell, a escola do caso cumulativo incluiria provavelmente C.S. Lewis e C. Stephen Evans.

O Método Pressuposicional

Devido aos efeitos noéticos do pecado, os pressuposicionalistas geralmente sustentam que não existe terreno comum suficiente entre crentes e incrédulos que permitiria os seguidores dos três métodos anteriores alcançar os seus objetivos. O apologista deve simplesmente pressupor a verdade do cristianismo como o ponto de partida apropriado na apologética. Aqui a revelação cristã nas Escrituras é o quadro através do qual toda a experiência é interpretada e toda a verdade é conhecida. Várias evidências e argumentos podem ser estabelecidos em favor da verdade do cristianismo, mas esses no mínimo pressupõem implicitamente premissas que podem ser verdadeiras apenas se o cristianismo for verdadeiro. Os pressuposicionalistas tentam, então, argumentar transcendentalmente. Isto é, eles argumentam que todo significado e pensamento – na verdade, todo fato – pressupõe logicamente o Deus das Escrituras.

John Frame representa o pressuposicionalismo neste volume, e ele coloca a questão dessa forma: “Nós deveríamos apresentar o Deus bíblico, não meramente como a conclusão a partir de um argumento, mas como aquele que torna o argumento possível” (…). Ao demonstrar que os incrédulos não podem argumentar, pensar ou viver sem pressupor Deus, os pressuposicionalistas tentam mostrar que a cosmovisão deles é inadequada para explicar suas experiências do mundo e fazer os incrédulos enxergarem que somente o cristianismo pode fazer a experiência deles ter sentido.

Outros pressuposicionalistas incluem Cornelius Van Til e Gordon Clark (…), bem como Greg Bahsen e Francis Schaeffer.

Esses quarto métodos apologéticos lutavam pela supremacia quando comecei pela primeira vez a estudar apologética e o problema da metodologia nos anos oitenta. Contudo, muita coisa aconteceu na filosofia e apologética nos últimos vinte anos ou mais. Um dos desenvolvimentos mais dramáticos foi o surgimento da epistemologia reformada. Kelly James Clark contribui com este volume sugerindo que essa nova epistemologia religiosa tem algo distinto a dizer com respeito ao método apologético.

A Abordagem da Epistemologia Reformada

“Desde o Iluminismo”, diz Clark, “tem havido uma demanda para expor todas as nossas crenças às críticas esquadrinhadoras da razão” (…). Dizem-nos que se uma crença não é apoiada por evidência de algum tipo, é irracional crer nela. A epistemologia reformada desafia essa suposição epistemológica “evidencialista”. Aqueles que defendem essa visão sustentam que é perfeitamente racional uma pessoa crer em muitas coisas sem evidência. De maneira mais impressionante, eles argumentam que a crença em Deus não requer o apoio de evidência ou argumento para que isso seja racional. A apologista da epistemologia reformada não evita necessariamente estabelecer argumentos positivos em defesa do cristianismo, mas ele argumentará que tais argumentos não são necessários para a fé racional. Se Calvino está correto que os seres humanos nascem com um sensus divinitatis (senso do divino) inato, então as pessoas podem correta e racionalmente chegar a ter uma crença em Deus imediatamente, sem o auxílio de evidências.

Para o epistemologista reformado, então, o foco tende a estar na apologética negativa ou defensiva, à medida que desafios à crença teísta são encontrados. No lado positivo, contudo, o epistemologista reformado irá, nas palavras de Clark, “encorajar os incrédulos a se colocarem em situações onde as pessoas são tipicamente apanhadas pela crença em Deus” (…), tentando despertar nelas seu senso latente do divino.

A lista de epistemologistas reformados contemporâneos inclui o contribuinte deste volume, Kelly James Clark, já mencionado. Mas quatro outros nomes que estariam no topo desta lista seriam Alvin Plantinga, Nicholas Wolterstorff, George Mavrodes e William Alson.

Novamente, deixe-me dizer que essas cinco metodologias apologéticas não constituem uma lista exaustiva de abordagens apologéticas. Elas representam, contudo, as estratégias argumentativas mais conhecidas e populares na comunidade acadêmica de apologética. É a minha esperança, bem como dos outros contribuintes, que essa obra promova discussão frutífera adicional da metodologia apologética e seja útil à igreja universal e ao Senhor Jesus Cristo.


Fonte Literária: Cowan, Steven B. (editor), Five Views on Apologetics, Zondervan, Grand Rapids, Michigan, 2000. Páginas 15-20.
Tradução: Felipe Sabino de Araújo Neto – abril/2011  – monergismo.com
Fonte Virtual: http://voltemosaoevangelho.com/blog/2012/03/uma-introducao-as-cinco-visoes-sobre-apologetica/

05/03/2016

A DEFICIÊNCIA FÍSICA JUSTIFICA O ABORTO?




O surto da zika no Brasil e alguns outros países da América Latina possui efeitos que extrapolam os campos da medicina e da mobilização social.

Esse fenômeno tem atraído também o interesse dos campos éticos, legais e religiosos, especialmente devido à conexão dessa doença com a microcefalia. A fim de se compreender corretamente esse contexto é necessário considerar algumas informações preliminares.

Zika é uma doença causada por um vírus com o mesmo nome, transmitido primariamente pela picada do mosquito Aedes aegypti, o mesmo propagador da dengue e da febre amarela. No caso dos adultos infectados com o vírus zika, os sintomas se apresentam de forma relativamente simples, sendo que pode haver febre, manchas vermelhas pelo corpo, dores nas juntas e até conjuntivite. Segundo os especialistas, esses sintomas duram menos de uma semana e os doentes dificilmente precisam de internação hospitalar para trata-los.

Mas se a zika parece tão inofensiva aos adultos, o mesmo não ocorre com as crianças em gestação. Os inúmeros casos de grávidas que tiveram a zika e cujos bebês nasceram com microcefalia já alarmou até a Organização Mundial de Saúde.

1. Crianças com microcefalias podem precisar de cuidados por toda a vida, pois esse fenômeno é uma condição neurológica em que a cabeça e o cérebro do bebê permanecem significativamente menores para sua idade. Isso pode prejudicar a idade mental da criança e atrapalhar o seu desenvolvimento futuro. Crianças com microcefalia podem apresentar déficit intelectual, paralisia, convulsões, epilepsia, autismo e rigidez na musculatura, o que exigirá constantes sessões de fisioterapia. Infelizmente ainda não foi desenvolvida uma vacina contra o vírus zika e mesmo que isso ocorra em um futuro próximo, poderá levar uma década para que a população tenha acesso ao produto. Dessa maneira, a melhor estratégia para o combate ao zika é a mobilização popular para a eliminação do mosquito transmissor do vírus.

2. A conexão entre a zika e a microcefalia, acompanhada pelo crescente número de casos de recém-nascidos microcefálicos reacendeu o debate sobre o aborto no Brasil.

3. Segundo as leis brasileiras, a gravidez só pode ser interrompida em três situações específicas: quando a gravidez traz risco de vida para a mãe, quando a concepção foi causada por um estupro ou quando o feto é anencéfalo. No entanto, alguns defensores do aborto já pressionam as autoridades para a permissão do aborto em gestações de bebês com microcefalia. Um grupo de advogados, acadêmicos e ativistas brasileiros já preparam uma ação para Supremo Tribunal Federal em prol da permissão do aborto nesses casos.

4. Há, também, o caso da polêmica entrevista do Juiz da 1ª vara criminal de Goiânia, na qual ele afirmou que se houver risco comprovado de microcefalia na criança ele autorizará o aborto, pois a “mãe não merece um feto sem vida”.

5. A repercussão desses movimentos no cenário internacional motiva alguns a criticarem “o atraso brasileiro” ao discutir o direito de escolha da mulher, enquanto outros comparam essa situação ao “desejo nazista” em prol da raça ariana na busca do bebê perfeito!

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Disponível em: http://www.who.int/mediacentre/factsheets/zika/pt/. Acesso em: 18.02.2016.Cf. ainda: http://g1.globo.com/bemestar/noticia/2016/02/diretora-geral-da-omsmargaret-chan-visitara-brasil-para-falar-de-zika.html. Acesso 19.02.2016 2 Disponível em: http://g1.globo.com/educacao/noticia/2016/02/governofaz-campanha-nas-escolas-contra-o-aedes-nesta-sexta.html. Acesso em 19.02.2016 3 Disponível em: http://www.bbc.com/portuguese/noticias/2016/01/160131_entenda_abort o_microcefalia_ss_lab. Acesso em: 17.02.2016.

Disponível em: http://www.bbc.com/portuguese/noticias/2016/01/160126_zika_stf _pai_rs). http://g1.globo.com/bemestar/noticia/2016/01/grupoprepara-acao-no-stf-por-aborto-em-casos-de-microcefalia.html. Acesso em 17.02.2016. 5 Disponível em: http://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2016/01/1735564-maenao-merece-feto-sem-vida-diz-juiz-sobre-aborto-em-caso-demicrocefalia.shtml. Acesso em: 17.02.2016.


A discussão sobre o aborto de microcefálicos suscita outra questão semelhantemente intrigante, especialmente para os cristãos: poderia ser o aborto justificado no caso de alguma deficiência ou deformidade do bebê no ventre da mãe? Quando se apela para a Bíblia, logo se nota que ela não possui um texto claro proibindo o aborto.

Mas também deve ser observado que a ênfase do ensinamento bíblico é que os filhos são bênçãos de Deus para seus pais (cf. Sl 127.3). Além do mais, no período bíblico, a ausência de filhos era até considerada como maldição, já que o nome da família não seria perpetuado (cf. Dt 25.6 e Rt 4.5). Parece que o aborto era algo “tão contrário à mentalidade israelita que bastava um mandamento genérico “não matarás” (Ex 20.3) para proibi-lo.

6. Hoje, no entanto, a sociedade não vê mais os filhos sob a ótica divina; e quanto mais dificuldades e limitações a criança trouxer, menos desejada ela será. Assim, qual deveria ser o posicionamento cristão nessa questão de crianças com microcefalia e outras deficiências? Há, no mínimo, três princípios a serem considerados no caso da interrupção da gravidez de crianças com deficiências. Em primeiro lugar, há a questão da dignidade humana.

Nesse sentido, deformidade e deficiência são fatores irrelevantes quando se observa a dignidade do indivíduo. Ninguém deve desprezar ou minimizar outra pessoa somente porque ela possui alguma debilidade, seja essa física ou mental. Nenhuma criança deve ser condenada à execução só porque ela é autista, possui a síndrome de Down ou alguma outra carência.

Dessa maneira, crianças com formações deficientes no ventre da mãe continuam sendo humanas e merecedoras do tratamento digno que é devido a elas. Logo, matar um feto com má formação no ventre da mãe continua sendo moralmente errado!

Em segundo lugar, é um erro grosseiro julgar que a vida de uma pessoa com debilidades, a despeito de suas limitações e cuidados necessários, não seja digna de ser vivida. Indivíduos com debilidades são capazes de realizações surpreendentes, e os familiares dos mesmos são os primeiros a testificar da alegria que eles trazem ao círculo da família.

Ainda que com dificuldades, cuidar dessas pessoas pode ser uma experiência enriquecedora e gratificante. Para o cristão que acredita na soberania de Deus, que não permite nem mesmo a queda de um fio de cabelo sem que seja de sua vontade, as experiências limitadoras podem ser grande fonte de contentamento e crescimento espiritual.

7. Pais que interrompem a gravidez de fetos com deficiências acabam pagando o elevado preço emocional e psicológico de não saberem quais alegrias poderiam ter tido com a criança abortada! Em terceiro lugar, por mais trabalhoso e incômodo que o convívio com alguém com deficiências físicas e mentais possa parecer, o aborto dessas pessoas não será justificado se considerado que o Senhor Deus não cria apenas pessoas física e mentalmente perfeitas. Aliás, no diálogo de Deus com Moisés, o leitor bíblico encontra uma surpreendente revelação: “Quem fez a boca do homem? Ou quem faz o mudo, ou o surdo, ou o que vê, ou o cego? Não sou eu, o Senhor?” (Êx 4.11).

Assim, o Autor da vida é o único que possui prerrogativas sobre a vida humana. Finalmente, alguém poderia argumentar, como o fez o juiz brasileiro, ser mais saudável para a mãe abortar uma criança deficiente do que vê-la morrer pouco depois do seu nascimento. Mas o testemunho de pessoas que abortaram não condiz com esse raciocínio.

Algumas afirmam que o ato não as fez emocionalmente mais saudável, mas resultou em uma cicatriz com a qual convivem diariamente. A triste conclusão é que aborto geralmente faz com que dois corações parem de bater: a criança abortada e a mãe arrependida.

8. Dessa forma, a melhor coisa a fazer em relação àqueles que consideram o aborto, é aconselhar que abortem essa ideia!

Pr. Valdeci Santos

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NICODEMUS, Augustus L. Aborto: Os dois pontos cruciais. Disponível em: http://www.moneergismo.com/etica_crista/abordo_pontos_cruciais_nico demus.htm. Acesso em: 13.02.2016.

BEATES, Michael S. Disability and the gospel: How God uses our brokenness to display his grace. Wheaton, Ill: Crossway, 2012. 8 MOORE, Russel. Abortion kills two hearts. Disponível em: http://www.thegospelcoalition.org/article/abortion-kills-two-hearts. Acesso em: 14.01.2016
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Fonte: http://icrcampobelo1.tempsite.ws/a-deficiencia-fisica-justifica-o-aborto/

30/01/2016

NAVIGIUM ISIDIS - A ORIGEM DO CARNAVAL


         


Por Rev. Ericson Martins


A expressão latim Navigium Isidis significa: “Navegação de Isis”, nome dado a uma festividade romana, anual, dedicada a Isis. Ela era uma deusa egípcia. Apesar de ser uma entidade egípcia, tornou-se popular entre os gregos e chegou a Roma, no período helenístico, com seu culto e festividade, os quais integravam religiões de mistério. As festas incluíam uso de máscaras para ocultar a identidade dos participantes, orgia pública em nome do amor, bebedices, mutilação de genitais, simbologias pagãs e, dentre outras práticas, uso de grandes carros, em forma de navios, que tomavam as ruas da cidade anunciando a chegada de Osíris (esposo de Isis na Mitologia Egípcia).¹ Tal festividade sobreviveu a grandes perseguições, em Roma, em razão da sua característica religiosamente sincrética e tolerante, ao contrário do Cristianismo primitivo, motivo pelo qual foi rigidamente perseguido.

Esta celebração prevaleceu no Panteão Romano até o IV Século quando o Cristianismo foi declarado religião oficial do Império. Daí em diante, Navigium Isidis tornou-se uma prática proibida, porém, clandestinamente, perpetuou-se até ser incorporada, pela Igreja Católica Romana, na Idade Média (após adaptações) e renomeada como carnis valles (latim: “prazeres da carne”) que deu origem à palavra carnaval em Português. O carnaval era um período, de sete dias, antes da carnis levare (sem carne) ou Quaresma (40 dias antes da Páscoa sem contar os domingos). Autorizadas pela Igreja, as pessoas poderiam explorar nestes sete dias de carnaval incessantes prazeres da carne, porém a Quaresma, iniciada pela Quarta-Feira de Cinzas (1º dia), deveria ser respeitada com jejum, período este em que a carne vermelha estaria proibida.

O carnaval chegou ao Brasil através dos portugueses e rapidamente foi aceito, tornando-o, séculos depois, conhecido em todo o mundo por tais festividades repletas de criatividade artesanal, carros alegóricos e coloridos, mulheres seminuas e danças sensuais.

A palavra “carne”, tanto no Antigo quanto no Novo Testamento possui 262 ocorrências (basar ou sarx) e seus principais significados são a carne como alimento, constituição física do homem ou animal, semelhança ou parentesco humano; contudo, sobressai, especialmente no Novo Testamento, o sentido de desejo e práticas pecaminosas, como existência humana em oposição à santidade de Deus e por ele exigida, como destaca o apóstolo Paulo em Romanos 7:5, 8:7-8, 13:14 e Gálatas 5:19-21, e a Confissão de Fé de Westminster.² Os prazeres da carne, neste sentido, nunca foram aceitos pelas Escrituras como prática dos verdadeiros cristãos.

Por que, como Igreja, não incentivamos ou celebramos o carnaval apenas como festividade em si, sem conotação religiosa?

Primeiro, porque é uma festividade de natureza historicamente religiosa, segundo a qual promove idolatria. Sem o aspecto religioso, não é carnaval. Segundo, porque, como Igreja, honramos única e exclusivamente o Deus Trino, ou seja: Deus Pai, Deus Filho e Deus Espírito Santo. Terceiro, porque os desejos pecaminosos inerentes à raça humana são intensamente provocados na prática que envolve obras contrárias à santificação. Alguém poderia interpretá-la como uma festa ingênua e sem motivação idólatra, mas isto não muda a sua realidade.

À semelhança do carnaval, qualquer festividade que promova a idolatria e a licenciosidade moral ou social, é claramente desautorizada pelas Escrituras. Não somos contra festas ou contra a promoção de alegria, mas sim a qualquer meio festivo que desobedeça ao ensino bíblico de honrar somente a Deus por meio de Jesus Cristo, bem como de desenvolver a santificação da sua Igreja. Leia também 1 Tessalonicenses 4:3-8. 

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Notas:

[1] BAILE, 2006, p. 13-22 e 39; GONZÁLES, 2007, p. 27
[2] Confissão de Fé de Westminster, I-1, XIII-2


Fonte: http://bereianos.blogspot.com.br/2015/02/navigium-isidis-origem-do-carnaval.html
Fonte: Fonte: PIPG - Primeira Igreja Presbiteriana de Goiânia

24/12/2015

CELEBRANDO UM NATAL REFORMADO

                                                                                                                                          Frank Brito


A primeira pessoa que eu ouvi na vida dizendo que cristãos não devem comemorar o Natal foi uma amiga neo-pentecostal. Eu fiquei bastante surpreso, primeiro, porque o Natal sempre foi minha época favorita do ano e, segundo, porque eu nunca tinha ouvido ninguém dizer isso antes. Como a igreja de minha amiga tinha o costumo de comemorar festas judaicas do Antigo Testamento e exaltar tudo que fosse relacionado a cultura judaica, eu entendi que a rejeição do Natal fazia parte da rejeição de tudo que não soava judaico. Os anos se passaram, eu acabei me tornando presbiteriano e, depois de um tempo, acabei vendo uma crítica parecida entre presbiterianos e outros reformados. Alguns que eu conheci chegaram a me dizer que o Natal é contrário a nossa fé reformada e que comemorá-lo, além de ser anti-bíblico, é anti-reformado. O propósito deste artigo não é demonstrar se a Bíblia autoriza a comemoração do Natal ou não. Faremos isso em outra ocasião. O objetivo deste artigo é refutar esta a ideia de que a celebração do Natal seja historicamente contrária a fé reformada. Isso não significa que isto sempre foi defendido por todos reformados. A família reformada é uma vertente específica do Cristianismo que contem diversas variações internas. Este é o caso da comemoração do Natal.

A SEGUNDA CONFISSÃO HELVÉTICA

A Segunda Confissão Helvética foi um importantíssimo documento escrito pelo reformador protestante suíço Johann Heinrich Bullinger. Se tornou pastor da igreja de Zurique na Suíça em 1533 e foi um dos mais importantes teólogos da Reforma Protestante. Segundo o historiador presbiteriano Alderi Souza de Matos:

“Com vários colegas de diferentes cidades, escreveu a Primeira Confissão Helvética (1536), que se tornou a primeira declaração da fé reformada com autoridade nacional. A Segunda Confissão Helvética mantém a mesma estrutura, mas foi inteiramente redigida por Bullinger. Foi composta inicialmente após um parecer favorável do reformador Martin Bucer (1561), sendo reescrita durante uma epidemia na qual Bullinger julgou que iria morrer (1562). Ele anexou a confissão ao seu testamento como uma dádiva final à cidade de Zurique […] Posteriormente foi recebida na Escócia, Hungria, França, Polônia, Inglaterra e Holanda, tornando-se, ao lado do Catecismo de Heidelberg, o documento reformado mais estimado e influente”.

Não há dúvidas de que a Segunda Confissão Helvética é um dos documentos mais importantes e influentes da história da teologia reformada. Nesta confissão encontramos o seguinte:

24. Dos dias santos, dos jejuns e da escolha dos alimentos

O tempo necessário para o culto. Embora não esteja a religião limitada pelo tempo, contudo não pode ser cultivada ou praticada sem distribuição e arranjo próprio do tempo. Toda igreja, portanto, escolhe determinado horário para as orações públicas, a pregação do Evangelho e a celebração dos sacramentos, não sendo permitido a ninguém transtornar esse horário da igreja a seu bel prazer. Pois, a não ser que algum tempo livre seja reservado ao exercício da religião, sem dúvida os homens absorvidos pelos seus negócios, estariam afastados dela.

O Dia do Senhor. Por isso vemos que nas igrejas antigas não havia apenas certas horas da semana destinadas às reuniões, mas que também o Dia do Senhor, desde o tempo dos apóstolos, fora separado para as mesmas, e para o santo repouso, prática essa, acertadamente preservada por nossas igrejas para fins de culto e serviço de amor.

Superstição. Neste ponto, entretanto, não cedemos às observâncias dos judeus e às superstições. Pois, não cremos que um dia seja mais santo do que outro, nem pensamos que o repouso em si mesmo seja aceitável a Deus. Além disso, guardamos o Dia do Senhor, e não o sábado como livre observância.

As festas de Cristo e dos santos. Ademais, se na liberdade cristã, as igrejas celebram de modo religioso a lembrança do nascimento do Senhor, a circuncisão, a paixão, a ressurreição e sua ascensão ao céu, bem como o envio do Espírito Santo sobre os discípulos, damos-lhes plena aprovação. Não aprovamos, contudo, as festas instituídas em honra de homens ou dos santos. Os dias santificados têm a ver com a primeira Tábua da Lei e só a Deus pertencem. Finalmente, os dias santificados, instituídos em honra dos santos, os quais abolimos, têm muito de absurdo e inútil, e não devem ser tolerados. Entretanto, confessamos que a lembrança dos santos, em hora e lugar apropriados, pode ser recomendada de modo aproveitável ao povo em sermões, e os seus santos exemplos, apresentados como dignos de serem imitados por todos.

Aqui está claro, em um dos documentos mais importantes da história da fé reformada, escrito por um dos teólogos mais influentes, que a tradição reformada, desde o princípio, defendeu que os cristãos tem liberdade para comemorar o Natal: “Ademais, se na liberdade cristã, as igrejas celebram de modo religioso a lembrança do nascimento do Senhor… damos-lhes plena aprovação”. O renomado historiador Phillip Schaeff escreveu sobre como o próprio Bullinger viva essa liberdade com sua família:

“A casa de Bullinger era um lar cristão feliz. Ele gostava de brincar com seus numerosos filhos e netos e de escrever pequenos versos para eles no Natal, como Lutero”. (Phillip Schaeff, History of the Christian Church, Volume VIII: “The Swiss Reformation”)

SÍNODO DE DORT

O Sínodo de Dort deu origem aos famosos cinco pontos do calvinismo – popularmente conhecidos com TULIP. Além de refutar o arminianismo nos “Cânones de Dort”, o Sínodo também aprovou a “Ordem de Dort”. Neste documento, emitido pelo mesmo Sínodo que nos deu a TULIP, encontramos no artigo 67 ordens para que as igrejas da Holanda comemorassem o Natal, a Páscoa e o Pentecostes:

“Além do Domingo, as congregações também observarão o Natal, a Páscoa e o Pentecostes”.

No artigo 63, também encontramos referências às três festas:

“A Ceia do Senhor será observada uma vez a cada dois meses, na medida do possível. Também é edificante, onde quer que as circunstâncias das igrejas permitam, que o mesmo aconteça na Páscoa, no Pentecostes e no Natal”.

Fonte: https://resistireconstruir.wordpress.com/2012/11/15/celebrando-um-natal-reformado/

05/09/2015

A DOUTRINA REFORMADA DE DEUS



                                                                                                                    Produzido por: R.C Sproul


Ao longo dos anos, eu tive oportunidades de ensinar teologia sistemática em uma variedade de cenários, desde turmas de seminário a cursos universitários e classes de escola dominical na igreja local. Mas, independentemente de onde eu ensine sistemática, eu geralmente começo com a doutrina de Deus. Teologia, é claro, estuda Deus e o seu caráter e os seus caminhos, de modo que é apropriado começar com uma visão da sua natureza e atributos, antes de examinar o que a Bíblia tem a dizer sobre a redenção, a igreja, as últimas coisas e as demais categorias da teologia sistemática.

Sempre que ensino sobre a doutrina de Deus, começo com duas afirmações que aparentemente enchem muitos dos meus alunos com imensa consternação. Meu costume tem sido dizer-lhes que, de um lado, não há nada particularmente singular acerca da doutrina de Deus confessada na tradição reformada da teologia cristã. Presbiterianos, batistas reformados, os reformados holandeses e outros cristãos reformados afirmam os mesmos atributos divinos que todos os luteranos, anglicanos, metodistas, ortodoxos orientais e católicos romanos. Não há nada de radicalmente diferente acerca de nossa doutrina de Deus.

Contudo, quando esses mesmos estudantes me perguntam qual é o distintivo mais significativo da teologia reformada, eu lhes digo que é a nossa doutrina de Deus. Agora, isso soa completamente contraditório à minha primeira afirmação, mas eu digo que a doutrina reformada de Deus nos distingue das outras tradições por não conhecer nenhuma outra teologia que considere seriamente a doutrina de Deus com respeito a todas as demais doutrinas. Na maioria das teologias sistemáticas, você tem uma afirmação da soberania de Deus na primeira página do texto teológico, mas, ao avançar para a soteriologia (doutrina da salvação), escatologia (doutrina das últimas coisas), a antropologia (doutrina da humanidade) e assim por diante, o autor parece ter se esquecido do que disse acerca da soberania de Deus na primeira página.

Os teólogos reformados, contudo, conscientemente veem a doutrina de Deus penetrando todo o escopo da teologia cristã. Essa é uma das razões pelas quais os calvinistas tendem a se focar tanto no Antigo Testamento. Nós nos preocupamos com o modo como o caráter de Deus define todas as coisas – o nosso entendimento de Cristo, de nós mesmos e da salvação. Nós nos voltamos para o Antigo Testamento porque ele é uma das mais importantes fontes sobre a natureza e o caráter de Deus que você jamais encontrará no universo. Cristãos reformados tendem a considerar o Antigo Testamento tão seriamente porque ele é uma revelação muito vívida da majestade de Deus.

Pense nas principais revelações de Deus no Antigo Testamento. Em uma Conferência Nacional do Ministério Ligonier, eu voltei-me para Isaías 6, a qual é provavelmente a passagem que preguei com mais frequência do que qualquer outra na minha carreira de pregação. Ali nós encontramos uma das mais vívidas manifestações da santidade divina em toda a Escritura. Depois, é claro, há a revelação que o Senhor faz de si mesmo e do seu nome pactual a Moisés, na sarça ardente, a qual nós lemos em Êxodo 3. Aquele é um capítulo cuja leitura é essencial para qualquer um que busque entender a independência e autoexistênciade Deus. Ao procurar um lembrete do compromisso do nosso Criador com a verdade e da sua fidelidade em cumprir suas promessas pactuais, eu geralmente me volto para Gênesis 15, no qual Deus jura por si mesmo que cumprirá sua palavra a Abraão de dar-lhe uma descendência inumerável. E, para um retrato vívido do amor infalível e eficaz de Deus pelo seu povo, sua noiva, você dificilmente encontrará um lugar melhor para ir na Escritura do que o livro de Oséias.

Eu poderia oferecer muitos outros exemplos, mas o que todos esses episódios têm em comum? Todas essas revelações de Deus aconteceram em diversos momentos de crise na vida do povo de Deus. Tanto Isaías como Moisés estavam para ser enviados numa grande missão de proclamar a grandeza do Senhor a um povo endurecido. De que eles mais precisavam num período como aquele? Não de uma promessa de sucesso – na verdade, foi dito a Isaías que a sua mensagem endureceria corações (Isaías 6.8-13). Não, o que eles precisavam era de um entendimento do caráter de Deus. Quando Deus desejava lhes dar segurança, ele lhes dava a si mesmo. O mesmo pode ser dito de Abraão e Oséias. Humanamente falando, Abraão tinha pouca evidência para crer que Deus lhe daria muitos descendentes. Então, o Senhor assegurou o patriarca de sua fidelidade ao comprometer-se à sua própria destruição – uma impossibilidade – caso ele não cumprisse sua Palavra. Oséias viveu num tempo no qual parecia que Deus havia rejeitado o seu povo, total e definitivamente, por sua infidelidade. Que esperança o Senhor poderia conceder de que amava Israel com amor eterno? A revelação de si mesmo como o Marido que é perfeito em amor e fidelidade.

A doutrina de Deus da teologia reformada, com sua ênfase em todos os atributos divinos a cada ponto do desvelar da salvação, a distingue de outros entendimentos cristãos do Senhor. E a nossa doutrina de Deus é extraída de Gênesis a Apocalipse, tanto do Antigo Testamento como do Novo Testamento. Por que, então, não absorveremos todo o conselho de Deus e leremos ambos os testamentos com grande devoção?

Tradução: Vinícius Silva Pimentel
Revisão: Vinícius Musselman Pimentel
Fonte: http://www.ministeriofiel.com.br/artigos/detalhes/814